3 Contos de terror e mistério para ler online!

     Ah, o medo. Todos têm, de alguma coisa. Desde criança estamos em contatos com nossos medos, seja na vida real ou em contos de fadas, odiando a bruxa má que deu a maçã envenenada para a Branca de Neve, e temendo o Lobo Mau. Ou não! Mas no fim, a gente acabava ouvindo essas histórias várias e várias vezes.
    Agora já crescidinhos, muitas pessoas continua com esse "fascínio" pelo medo, e cá estou eu com 3 contos de terror que eu amo (e um bônus), todos online e gratuitos! Foram um dos primeiros contos de terror que eu li esse ano, e tenho procurado ler outros, já que prefiro muito mais ler terror do que ver terror. Sério, pense em todos os filmes de terror estilo todo mundo já viu. Bom, pode ter certeza que eu só vi 25% ou menos deles e-e Talvez não sejam os melhores contos, mas com certeza são ótimos e valem a pena de serem lidos.
     Enfim, heis os contos! Deixarei parte deles e clique em "continue lendo" para lê-los por completo. Me certifiquei de que a tradução do conto fosse a mesma que eu li, mesmo que eu tivesse que digitar o conto olhando no livro, como eu fiz com a O Vampiro e O Gato Preto. Foi beeeeeeem cansativo, portanto relevem as imagens que não ficaram lá muito boas. Mas fiquei feliz ao terminar tudo ô/

Alguns contos estão com o fundo preto, o que dificulta a leitura para algumas pessoas. Se esse for o seu caso, basta você copiar todo o conto e colar no Bloco de Notas e záz.

O Gato Preto, Edgar Allan Poe, 1843.
     Clássico! Difícil haver alguém que não se fascina com os contos misteriosos e criativos de Poe. O Gato Preto é um conto cruel e com um final surpreendente ♥

  "Quanto à narrativa fantástica, e ainda sim comum, que estou para escrever não espero nem peço que creiam em mim. [...] Em suas consequências, esses eventos aterrorizaram-me, torturaram-me e destruíram-me. [...] Nossa amizade durou, dessa maneira, muitos anos, durante os quais meu temperamento e meu caráter — pela influência da bebida — passaram (fico constrangido ao confessar) por uma alteração radical para pior. Dia após dia eu me tornei mais taciturno e impaciente, mais desatento aos sentimentos dos outros. Permiti-me usar linguagem desrespeitosa com minha esposa. Com o tempo, até mesmo lhe dispensei violência pessoal. É claro que meus animais de estimação também sentiram a mudança no meu temperamento. Eu não apenas os negligenciei, mas também os maltratei. Por Plutão, contudo, eu ainda mantinha uma consideração suficiente que me impedia de maltratá-lo, ao contrário do que acontecia com os coelhos, o macaco, ou até mesmo o cachorro, que, por acidente ou afeto, ficava no meu caminho. Mas minha doença tomava conta de mim — pois não existe doença como o alcoolismo! —, e com o tempo até Plutão, que começava a envelhecer e, como consequência, a ficar rabugento, começou a experimentar os efeitos do meu gênio doentio. [...] um pecado mortal que assim ameaçaria minha alma imortal, colocando-a, se isso fosse possível, além mesmo do alcance da infinita misericórdia do Mais Misericordioso e Mais Terrível Deus. [...]" Clique aqui para ler o conto completo. 

A Pata do Macaco, W.W. Jacobs, 1902.
     O diferencial desse conto para os outros (e o que o torna o meu preferido) é que ele não conta exatamente tudo, muitas coisas ficam no ar e são apenas sugeridas. O conto fica horas na sua cabeça porque talvez o final  possa ser diferente do que você pensou ao lê-lo de cara... Ou não. 

"[...]Pata de macaco? - perguntou a Sra. White, curiosa.- Bem, é só um pouco do que se poderia chamar de magia, talvez - disse o sargento com falso ar distraído.Os três ouvintes debruçaram-se nas cadeiras interessados. O visitante levou o copo vazio à boca distraidamente e depois recolocou-o onde estava. O dono da casa tornou a enchê-lo.- Aparentemente - disse o sargento, mexendo no bolso - é só uma patinha comum dissecada.Tirou uma coisa do bolso e mostrou-a. A Sra. White recuou com uma careta, mas o filho, pegando-a, examinou-a com curiosidade.- E o que há de especial nela? - perguntou o Sr. White ao pegá-la da mão do filho e, depois de examiná-la, colocá-la sobre a mesa.- Foi encantada por um velho faquir - disse o sargento -, um homem muito santo. Ele queria provar que o destino regia a vida das pessoas, e que aqueles que interferissem nele seriam castigados. Fez um encantamento pelo qual três homens distintos poderiam fazer, cada um, três pedidos a ela.A maneira dele ao dizer isso foi tão solene que os ouvintes perceberam que suas risadas estavam um pouco fora de propósito.- Bem, por que não faz os seus três pedidos, senhor? - disse Herbert White astutamente.O soldado olhou para ele como olham as pessoas de meia-idade para um jovem presunçoso.- Eu fiz - disse ele calmamente, e seu rosto marcado empalideceu.- E teve mesmo os três desejos satisfeitos? - perguntou a Sra. White.- Tive - disse o sargento, e o copo bateu nos dentes fortes.- E alguém mais fez os pedidos? - insistiu a senhora.- O primeiro homem realizou os três desejos - foi a resposta. - Eu não sei quais foram os dois primeiros, mas o terceiro foi para morrer. Por isso é que consegui a pata.Seu tom de voz era tão grave que o grupo ficou em silêncio[...]" Clique aqui para continuar lendo.

O Vampiro, John Polidori, 1819.
       Lord Ruthven é aquele tipo de vampiro hétero que não brilha sedutor e misterioso, o primeiro do estilo que influenciou muitos escritores e seus vampiros. Há mistério com romance.

  Aconteceu em meio aos excessos que sempre ocorrem em Londres, durante o inverno, de comparecer a várias das festas da melhor sociedade de um nobre que chamou a atenção mais por suas singularidades do que por sua linhagem ou fortuna. Costumava observar a animação ao ser redor como se pudesse se manter alheio a tudo. Parecia que os risos das jovens mais lindas somente o atraíam para que pudesse, com um simples relance de seu olhar, enregelá-los e fazer penetrar o medo naqueles seios onde até então reinava a despreocupação. Os que tinham sentido tal assombro não conseguiam explicar o que os havia abalado. Alguns os atribuíam aos olhos mortos e acinzentados dele, que, uma vez fixados sobre o rosto de alguém, pareciam não alcançá-lo, mas que, num único instante, se tornavam capazes de invadir as profundezas do coração da pessoa e cair como um raio de chumbo, esmagando a pele que não conseguiam rachar. [...]  Ao chegar mais perto, o silêncio momentâneo dos trovões permitiu-lhe escutar os berros de pavor de uma mulher misturado a uma risada abafada, mas exultantemente debochada, que se prolongava num som contínuo.[...] Quem poderia resistir ao seu poder? Sua língua era a mais perigosa, a mais repleta de truques. Falava de um jeito que era como se não tivesse simpatia por nenhuma pessoa na Terra, tão povoada, a não ser por aquela que o escutava. Podia fazê-la acreditar que, desde que a conhecera, sua vida finalmente parecia valer a pena.[...] (Clique aqui para ler o conto completo)

Bônus:

 Mortos não contam estórias, Vanessa Folie Lamas, 2014.
 Um conto de terror moderno e mesmo assim deu um arrepio. A Folie é minha Oneesan blogueira, visitem o Doce Pandemônio ô/ E fiquem no pé dela porque esse livro tem que sair logo \ô/

Eu estava andando lentamente pelas ruas, já passavam das três da madrugada quando finalmente decidi sair daquela maldita festa de Halloween , parecia que todos se divertiam exceto eu. Decidi sair de lá e agora estava indo para casa sozinha, mas senti que estava sendo observada. Eu já tinha escutado diversos boatos, mas não passavam disso: boatos. Muitos diziam que aquela que morreu iria voltar e se vingaria de todos que a trataram mal. As más línguas diziam que ela vendeu a própria alma ao diabo para conseguir sua vingança, mas eu realmente não acreditava nisso. Ela só era uma zé ninguém, ela fazia por merecer todos os apelidinhos maldosos, quem em sã consciência iria gostar de ler livros tão estranhos? Os livros de química e física avançada haviam sido substituídos por livros com figuras distorcidas e macabras, seres estranhos ilustravam boa parte daqueles livros. Devo admitir que fiquei um pouco mal por saber de seu suicídio. Confesso que eu mesma já havia pregado algumas boas peças naquela esquisita, mas achei que não iria chegar tão longe. Enfim, isso não é mais da minha conta e além do mais essa estorinha de fantasminha nunca me assustou... Pelo menos até agora. [...](Clique aqui para ler o conto completo)

     Os contos A Pata do Macaco e O vampiro eu conheci no livro Góticos/Contos Clássicos de Vampiro. E aí, o que acharam dos contos? Já tinham lido algum antes? Querem mais posts assim? Me digam ô/

ps.: Não tenho postado resenhas literárias porque 1) as resenhas que tenho prontas eu ainda não tirei foto dos livros e a Petunia anda doente e 2) as fotos dos livros que eu ainda não li estão lindinhas lá, mas como não li, não tem resenha dãh. Tenho lido menos ultimamente porque deixei os filmes/séries completamente de lado há um tempo atrás, incrível como não consigo conciliar os dois :c Mas em compensação tem uns 6 posts em rascunho sobre filmes para eu publicar conforme o tempo. Ah, e estou tirando uma breve "férias" do blog, as postagens voltarão ao normal (e com tudo!) dia 31 de janeiro de 2015 (ainda apanharei muito para não escrever 2014, como acontece todos os anos em relação ao ano anterior :v Enfim, FELIZ ANO NOVOOOOO Ô/